Fale Conosco
Contato
Tudo começou com o intuito de ajudar meu marido, a crescer e prosperar nossa família, aumentar a eficiência da produção, inovar com tecnologia, desenvolver e aprimorar ainda mais nossa equipe de colaboradores e a comunidade da região. Pretendia atuar mais em nossa fazenda, porém não sabia como e não me sentia segura para isso, pois minha atuação em meu escritório, era uma área totalmente distinta.
Foi no ano de 2019 que comecei a buscar novos horizontes, me ingressei no grupo “mulheres do agro”, realizei cursos de capacitações na cafeicultura, focando, principalmente no produto final: a qualidade do café. E então, descobri que, para ter um produto de qualidade, é necessário ter um excelente processo de produção, desde o início do ano/safra. Mas meu foco sempre foi o “pós-colheita”, atuando no processo de secagem do café, buscando reconhecimento do nosso produto através de premiações e visando sempre oferecer ao nosso público, um produto de qualidade; e claro, sempre pensando no pilar socioambiental, afinal, é minha área.
Em 2020 veio a tão assustadora pandemia, mudou a vida de todo ser humano. E comigo não foi diferente. Em março de 2021, na segunda onda do covid-19, infelizmente, perdi meu grande irmão, que, sem dúvidas, sempre foi meu “braço direito” dentro do meu escritório. Erámos inseparáveis. Após essa enorme perda, não conseguia mais entrar dentro do meu escritório, que sempre foi minha paixão. Não conseguia abrir meu computador, olhar nos processos ambientais dos meus clientes. Foi quando então, optei por fechar as portas do meu escritório e seguir um novo caminho.
Não foi (e não é) fácil enfrentar essa perda, que tanto me dói até hoje (e a saudade aperta cada dia mais), mas precisava sair do “fundo do poço”, por causa da depressão e síndrome do pânico, e passei a usá-la para ser resiliente. Foi então que passei a acompanhar meu marido diariamente na fazenda. Aprofundei ainda mais meus conhecimentos no pós colheita, em cursos de torra e cafés especiais. Interiorizando, discretamente, mais ainda, na Fazenda Galícia e aos poucos, juntamente com o Carlos, melhorando cada dia mais a qualidade do nosso Café.
Comecei a almejar, então, abrir uma torrefação para cafés especiais. Mas minha cabeça era rodeada de dúvidas e incertezas: “e se…” “…não der certo?”, “…eu não tiver lucro?” “…eu não me dar bem?” “…como vou fazer esse investimento?”. Eram tantos “se…” que deixei de lado essa ideia do empreendedorismo.
sobre o café galícia
Diferenciais
Grão Selecionados
Após ser colhido, nosso café passa por um processo de seleção e avaliação para a partir daí ser torrado para distribuição.
Classificação
Após a seleção dos grãos, eles são submetidos a uma criteriosa classificação para designar qual tipo de bebida ele oferecerá.
Torra, Moagem e Embalo
Posterior a última etapa, cada tipo de café recebe seu tipo de torra, moagem e é embalado em sua respectiva embalagem para venda.
Em agosto de 2021, nosso filho mais velho (Bruno) se mudou para o litoral paulista (Guarujá) para cursar medicina. Como já era graduado em Enfermagem, começou a atuar como enfermeiro intensivista em uma unidade na baixada santista. Em um dia de janeiro de 2022, sem nenhuma intenção, levou um café de nosso uso pessoal, para seu plantão noturno. E como todo bom profissional de saúde é apaixonado por café, ficaram todos fascinados (para começar do cheiro que invadia toda a unidade), e um sabor inigualável (como todos diziam) e já perguntavam que café era aquele e onde comprar. O Bruno então, nos ligou todo feliz e disse “É agora, mãe, a hora de realizar seu sonho de abrir a torrefação! Eles estão apaixonados no café! Chegou sua hora! Vai com tudo e arrasa!”
O primeiro lote começou com 10 kg de café, apenas por encomenda, em meados de janeiro de 2022. Foi feito tudo artesanalmente. Torrado, moído e embalado manualmente e individualmente, com bastante cuidado, carinho e amor. Torrávamos 2 kg por vez, chegando a gastar cerca de 40 min para cada torra. Vendo tudo aquilo, meus olhos se mareavam, pois estava vendo meu sonho se tornar realidade.
E como sempre, o cheiro do Café Galícia, incendiava a unidade. Em menos de 15 dias, preparei mais 20 kg, e levei pessoalmente para vendas de pronta entrega. Em pouco menos de 1 mês, o Bruno precisou buscar mais. E assim começou a história do café galícia.
Eu via a necessidade de aumentar a linha de produção. E no segundo semestre de 2022, dei início ao processo de industrialização da minha marca: Café Galícia.
Ainda na safra 2022, eu não desistia do meu sonho: premiação do café. Fazendo cursos e mais cursos, mentorias e mais mentorias. Com o auxílio do Breno, nosso filho mais novo, eu lavava manualmente, todo café que acabara de chegar no terreiro, diretamente da colheitadeira. Usava uma caixa d’água de 5.000 L e peneira. Lavávamos manualmente, saca por saca. Selecionávamos os melhores grãos. Fizemos todo um processo de manuseio no terreiro (colocando em prática o que aprendi nos cursos e mentorias). Secava um lote, e já mandava a amostra para a cooperativa (MonteCCer); secava outro lote e mandava novamente a amostra. Foi quando então, o Q-Grader da cooperativa disse: “esse está a cara do concurso; vamos cadastrá-lo.” E foi assim que fomos classificados em 5º lugar de melhor café de Monte Carmelo, no quesito “seca natural” no décimo concurso da região do cerrado mineiro, cooperativa MonteCCer.
Assim, seguimos com a safra 2023, valorizando nossa história, visando fazer a diferença não só na nossa fazenda, mas em nível regional, estadual, nacional e até mesmo internacional. Afinal, é para isso é que somos certificados, para seguirmos um padrão mundial, visando todos os pilares: os valores socioambientais, econômicos, inovações tecnológicas, usos racionais dos recursos naturais, assim como a valorização da nossa equipe colaboradora.
E mais uma vez, buscamos realçamento, na qualidade final do nosso produto.
